JEJUM
0 a 12 horas (estado de absorção e início do jejum)
O corpo utiliza glicose proveniente da última refeição como fonte de energia.
Insulina ainda está em níveis elevados
Por volta de 8 a 12 horas, o corpo esgota as reservas imediatas de glicose (glicogênio) no fígado.
Começa a haver uma redução no nível de insulina, e o corpo se prepara para entrar no estado de jejum metabólico.
12 a 24 horas (entrada em estado de jejum metabólico)
O glicogênio armazenado no fígado é esgotado.
O corpo inicia a produção de glicose através de um processo chamado gliconeogênese, utilizando aminoácidos (de músculos), lactato e glicerol (de gordura).
Os níveis de glucagon aumentam, estimulando a liberação de energia das reservas de gordura.
A sensação de fome pode atingir seu pico, pois o corpo ainda se ajusta à falta de alimentos.
O PODER DO JEJUM
24 a 36 horas (começo da cetose)
A gliconeogênese continua, mas começa a desacelerar.
O corpo inicia a conversão de ácidos graxos em corpos cetônicos (cetose), que começam a ser utilizados como fonte de energia alternativa.
A fome diminui, e o nível de energia pode melhorar.
O metabolismo das gorduras é ativado de forma mais intensa.
Os níveis de insulina estão baixos, o que melhora a sensibilidade do corpo a esse
hormônio.
36 a 48 horas (cetose em pleno funcionamento)
O corpo se torna mais eficiente na utilização de corpos cetônicos.
A gliconeogênese é drasticamente reduzida, poupando massa muscular.
A produção de hormônio do crescimento (HGH) aumenta, ajudando na preservação da massa magra e na queima de gordura.
Inflamações começam a diminuir, e a autofagia (processo de limpeza celular) se intensifica.
48 a 60 horas (intensa queima de gordura e autofagia)
A autofagia está em seu pico, auxiliando na remoção de células danificadas e no reparo celular.
O corpo depende quase exclusivamente de corpos cetônicos e ácidos graxos para energia. Benefícios cognitivos, como maior clareza mental e foco, podem ser notados devido ao efeito dos corpos cetônicos no cérebro.
A fome é significativamente reduzida ou quase inexistente.
60 a 72 horas (reparação celular profunda e equilíbrio metabólico)
A autofagia continua intensa, promovendo a regeneração de células e tecidos.
A inflamação no corpo atinge níveis mínimos. O metabolismo é mais estável, com o corpo adaptado ao uso de gordura como fonte primária de energia.
A produção de antioxidantes endógenos aumenta, ajudando a combater o estresse oxidativo.
Benefícios hormonais, como maior sensibilidade à insulina e equilíbrio dos níveis
de cortisol, são consolidados.
72 a 96 horas (consolidação do estado cetogênico e reparação celular profunda)
A autofagia continua em níveis elevados, mas começa a se estabilizar.
As células-tronco hematopoiéticas (responsáveis pela renovação do sistema
imunológico) são ativadas, ajudando a regenerar o sistema imunológico.
A taxa metabólica permanece estável, e o corpo está completamente adaptado à queima de gordura como combustível.
Equilíbrio hormonal: Níveis de hormônio do crescimento permanecem elevados,
promovendo reparação e preservação muscular.
Há um aumento na produção de antioxidantes endógenos, como a glutationa, que protege o corpo contra danos celulares.
Os benefícios cognitivos continuam, com maior foco e clareza mental.
120 a 144 horas (equilíbrio profundo e regeneração máxima)
O corpo alcança um ponto de equilíbrio metabólico sustentável.
A autofagia é gradualmente reduzida, pois a maior parte das células danificadas já foi reciclada.
Renovação celular: Novos tecidos, especialmente em áreas do sistema digestivo e imunológico, estão se regenerando rapidamente.
O corpo apresenta um metabolismo otimizado, com alta eficiência no uso de gordura como energia.
Há uma estabilização nos níveis hormonais, com melhor funcionamento da insulina, leptina (controle do apetite) e cortisol (controle do estresse).
Redução de inflamações crônicas: Condições inflamatórias, como artrite, podem apresentar melhorias significativas após este estágio.
Benefícios gerais após 144 horas (6 dias de jejum) Regeneração profunda do sistema imunológico. Otimização metabólica, com o corpo funcionando eficientemente em estado cetogênico.
Redução de inflamações crônicas e fortalecimento do sistema antioxidante.
Melhora na função cerebral, incluindo clareza mental, memória e foco.
Rejuvenescimento físico, com recuperação acelerada de tecidos e equilíbrio hormonal.
Inspirada por Lair Ribeiro, Ítalo Rachid, Ruslan.